Sábado, 17 de Janeiro de 2009
Deutsches Museum - Post 2 - Guitarra Portuguesa
Na origem directa da nossa guitarra encontra-se um modelo de Cítara europeia conhecido em Portugal desde o século XVI, filiado na Cítola medieval e referido em várias fontes literárias e representações iconográficas.

A desqualificação social da cítara é um facto, referido desde o início do século XIX , (p.ex. em 1820, um tal Manuel Raimundo, mulato, foi preso na Calçada de Santana , em Lisboa , por estar “tocando em uma Cytara numa loja de louça que também vende aguardente” ) e esta situação tornou-a o instrumento ideal de acompanhamento do fado, canção então em voga em meios marginais dos bairros pobres da cidade de Lisboa.No entanto e sob a nova designação de Guitarra Portuguesa, esta vai sendo gradualmente reabilitada até chegar novamente aos salões burgueses e aos palácios da aristocracia na segunda metade do século.Na década de setenta já a Guitarra se apresentava em sessões de concerto (Casino Lisbonense, 1873), bem como era obrigatório o seu uso no acompanhamento do fado, entretanto popularizado de norte a sul do país, através dos tocadores e cantadores ambulantes que frequentavam as principais feiras e romarias.
Com o incremento do fado e das guitarradas, promovido pelas companhias de discos e de gramofones na década 20/30 e a sua subsequente difusão por todo o país através da rádio (a partir de 1935), a Guitarra Portuguesa tornou-se um instrumento ainda mais presente nos conjuntos instrumentais próprios das funções de baile, nas rusgas do Minho, nas rondas da Beira Alta, em grupos do Douro e de Trás-os-Montes, reforçando o timbre estridente das violas de arame e apoiando o acompanhamento harmónico dos violões.Mas é certamente nas grandes cidades que a Guitarra atinge a sua cotação mais elevada, com a associação ao fado amador dos estudantes de Coimbra e nas mãos dos mais talentosos guitarristas profissionais do fado de Lisboa.Da década de 40 até hoje, pouco se fez para modificar os aspectos essenciais da construção da Guitarra, verificando-se no entanto uma gigantesca evolução nas técnicas de execução e no reportório, o qual passou das simples “guitarradas” acompanhadas à viola, para verdadeiros solos de concerto e peças orquestrais com a guitarra em posição solística de destaque. Pedro Caldeira Cabral
in http://www.guitarraportuguesa.com/
De
RauLopes a 17 de Janeiro de 2009 às 23:48
Viva companheiro,
Acho interessante esta divulgação da Guitarra Portuguesa, mas permita-me o reparo: este tipo de informação devia ter não só a autoria como a fonte original bem identificadas. O que não´é o caso.
Cumprimentos
De
A Viajar a 18 de Janeiro de 2009 às 20:03
Viva Companheiro
Claro que se deve identificar a fonte, que por lapso não fico completa.
Já está corrigida a informação da fonte," o seu a seu dono " !
Desde já o nosso obrigado,pelo comentário.
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